terça-feira, 15 de junho de 2010

velho caderno de poesia #1032

Tudo de perigoso vem do coração
Tudo que nos alcança
Tudo que em nós age
Toda prova, toda passagem

Tudo de perigoso vem da experiência
que nos abate e nos transforma
Até o momento do gozo
Além do limite da forma

Tudo de perigoso vem da travessia
Da tensão
Entre a vida e a morte
Extrema sorte
da Paixão

Para que algo nos toque
De tal maneira invulgar
Para que o Ser nos alcance
Bem devagar
Atentos e lentos
Suspensos
No Ar

Para que tudo esteja
Por um fio
Para que a vida nos tome
E de nós se apodere
O risco e o riso
De quem joga
por jogar

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