domingo, 27 de fevereiro de 2011

DARA


Teu ventre de mulher e o teu
olhar de moça menina
a sorrir velado no breu
do quarto do andar de cima

Na janela a lua amarela
Ornando o céu de janeiro
e você tão nua espera
sobre a cama de solteiro

É o que reza a minha sina
quando a beleza assassina
meu pobre peito de menino

Ergo-me em brasa qual um astro
e o teu corpo feminino
é a minha rota no espaço.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Novo caderno de poesia - #68092

Um dia Deus me disse: toma o que é teu
neste instante
traído e triste
quedei doido e doído
tigre abatido
duvidei da dádiva
tanto tempo
dias,décadas
arrastando a tábua
entre os dentes

Então
no túmulo instante
derradeiro
descobri na dor
minha medalha