quarta-feira, 6 de março de 2013

São Paulo atrás das grades, sob o céu beijado de torres
  antenas, avenidas e arranha céus
          triste torpe em automóveis multicor 
tossem roucos pelas artérias de fuligem
coronéis de batina e óculos 3D recitam versos para
                  crianças em coroas de espinho
longos uivos de cometas cortando a paisagem a 200Km por                                hora
   deuses pagãos pedindo emprego, maltrapilhos por um par de
       cochas juvenis
cadáveres rápidos cruzam alamedas batendo continência com
          olhos de silício
             bem longe um motoboy pula corda na varanda da lua
São Paulo masmorra do poeta xamã, derrama a tua cachoeira
sobre as pontes que te doem e vomita teu canto anarquista nas
                                       costas das árvores que te restam

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