segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Manhã de Sol

Abri os olhos

no susto

virei de lado

na cama

senti o vazio

no peito

lembrei da noite

na farra

lambi o vinho

nos lábios

chorei a sina

na fronha

maldisse a vida

na terra

pulei da cama

na marra

busquei alento

na praia

pesei as dores

no cais

ouvi as vozes

na brisa

lavei a alma

nas ondas

curei as chagas

e toquei o barco

3 comentários:

  1. POESIA SIMBOLISTA...QSE IMAGETICA!!BOALINHA GUITALHERME...BORa se JUNTA NESSA ONDA+ MUSICA!!!

    ResponderExcluir
  2. A que mais gostei. Me chamou para dentro das palavras. Vi uma cena, um quarto bagunçado, cabelos em desaninho. Na boca, um sabor de desejo já amanhecido.

    Adorei essa sua faceta. Agora entendi o livro de Clarice Lispector em punho.

    Parabéns.

    ResponderExcluir
  3. gostei. Daria para colocar uma melodia nela?

    ResponderExcluir