metrô e glória
navego gago
entre cadáveres e fotos 3x4
beirando o parapeito
avenidas de enxofre rezam
missas de alto-falantes
pelas extremidades
contemplo ocos caixotes de
bonecos com sorriso
me dando as mãos de tesoura
papiros cintilantes se oferecem
como virgens apertadas em
multidões de
latinhas
fito rostos vazios, corpos
ocos de gravata
mulheres vestidas de super
mercado
das muralhas brotam vozes
demiurgas de comando
que extremecem o peito
mas sigo blindado na flor
blindado na flor
na
flor;
pela vitória de teus
beijos refletidos nos
transeuntes
pela promessa
de tua
pele branca
pelo verão
de tuas
cochas em movimentos rápidos
pela pharmácia
de teu
perfume
pelo santo ofício
de morrer
dentro-ti